No Mundo
OS CENTROS DE SÍNTESE AO REDOR DO MUNDO
Em 1991, dois movimentos semelhantes ocorreram em extremos opostos do globo, ambos no campo da ecologia.
Em 1991, nos EUA, O.J. Reichman, um oficial na National Science Foundation (NSF), emitiu um memorando afirmando que os problemas de pesquisa ecológica eram multidisciplinares, exigindo esforços de diversos profissionais para serem resolvidos. A NSF então fundou, em maio de 1995, o Centro Nacional de Análise e Síntese Ecológica (NCEAS) em parceria com a Universidade da Califórnia
No continente asiático, J. Zhao publicou “A rede de pesquisa ecológica chinesa”, um artigo sobre a iniciativa do governo chinês, por meio da Academia Chinesa de Ciências (CAS), para fundar o CERN (Rede de Pesquisa Ecológica Chinesa), em 1995, com estações experimentais em todo o território chinês, onde são coletados dados. Pesquisas sobre a integração e síntese desses dados são realizadas no centro de síntese CERN, em Pequim.
O Centro de Síntese SinBiose, iniciado em 2018 e coordenado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), foi uma iniciativa pioneira no Brasil e na América Latina. Ele se originou do programa de pesquisa PELD (Pesquisa Ecológica de Longa Duração) do CNPq e se inspirou em centros de síntese bem estabelecidos em outros países, como o Centro Alemão de Síntese para Ciências da Biodiversidade – sDiv.
Além do suporte do CNPq e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o SinBiose conta com o suporte da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP). Em 2020 o SinBiose passou a integrar o Consórcio de Centro de Sínteses, iniciativa que reúne os principais centros de sínteses de biodiversidade do mundo.
O projeto do Centro de Síntese de Conhecimento, liderado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), visa auxiliar as atividades do Laboratório de Ensino Digital (LED).
Desde 1985, o LED desempenha um papel pioneiro na Educação a Distância (EaD) no Brasil, superando desafios técnicos para oferecer cursos e programas virtuais. Em 2002, renomeado como Laboratório de Educação Digital (LED/PPGEGC/UFSC), integrou-se ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento (PPGEGC/UFSC), continuando a promover a educação digital.
Durante a pandemia de Covid-19, o LED foi crucial na transição dos programas de pós-graduação da UFSC para o ambiente virtual. Essa experiência inspirou a ideia da criação de um Centro de Síntese em Conhecimento, destacando a importância da Educação Digital.
Veja a linha do tempo dos Centros de Síntese:
Conheça os Centros de Síntese:
- NCEAS (EUA) – 1995
- CERN (China) – 1995
- IGCB (EUA) – 1999
- NESCent (EUA) – 2004
- CEES (Noruega) – 2007
- NIMBioS (EUA) – 2008
- CESAB (França) – 2008
- CIEE/ICEE (Canadá) – 2008
- John Wesley Powell Center for Analysis and Synthesis (EUA) – 2010
- SESYNC (EUA) – 2011
- sDiv (Alemanha) – 2012
- AquaSYNC (Dinamarca) – 2014
- SinBiose (Brasil) – 2018
- Biota Síntese (Brasil) – 2021
- Centro de Síntese de Conhecimento – 2021
- ACEAS (Austrália) – 2022
- ESIIL (EUA) – 2023